Após solicitações recebidas no site institucional, a Fundação Republicana Brasileira (FRB) realizou, na tarde deste sábado, dia 17, mais um Curso de Política. A aula, ministrada pelo cientista político e coordenador acadêmico da FRB, Leonardo Barreto, e pelo presidente da instituição, Mauro Silva, reuniu 20 participantes, de diversas faixas etárias. Entre eles, Bertoldo, de 74 anos; e Nolrram, de 13. O evento aconteceu na sede da Fundação, em Brasília (DF).
Barreto explicou aos presentes, o cenário atual no qual nos encontramos, e nosso papel de “semeadores” das mudanças que queremos. “A força de vontade do governo é proporcional à ‘perturbação’ do povo. Ou seja, devemos sim cobrar uma atitude, mas também precisamos fazer a nossa parte”, disse.
O professor destacou ainda, o porquê das manifestações populares. “O Estado, o governo, tem que ser sempre o primeiro a dar exemplo, a cumprir as próprias regras. Todo processo de mudança começa com uma não-aceitação da injustiça sofrida. Ali nas ruas o que percebemos é um verdadeiro desabafo. É um governo que ainda não sabe ouvir, e uma população que não quer mais deixar a oportunidade passar”.
Mauro Silva falou sobre a importância da participação na política, por meio dos diversos segmentos disponíveis. “É importante participar e estar atento. Por exemplo, fazendo parte de associações, sindicatos, conselhos – de educação, segurança, juventude, etc – ou mesmo de um partido político, se preferir. O importante é partirmos da cultura da proatividade, para dar a nossa colaboração, para que o governo possa, de fato, atuar pela mudança”.
Impressões
“O curso foi muito importante e traz muito conhecimento, especialmente para os jovens, e tinha bastante jovens. Fiquei muito satisfeito, pois acho que a participação do jovem no setor político é fundamental. Nós temos que investir na cultura, para que eles tomem consciência, e participem ativamente da política. A aula foi muito boa, as informações. A gente fica com mais conhecimento, pois nunca terminamos de aprender. Eu, com 74 anos, ainda me considero um aprendiz”. – Bertoldo das Neves, 74 anos, diretor de cursos da Assosíndicos.
“Quando você pensa em política imagina logo uma coisa ruim, roubo, corrupção… E no curso houve um esclarecimento, para termos um pensamento positivo a respeito. Como fica muito distante, a gente não pensa que precisa de uma participação nossa pra ter uma melhora, pra mudar alguma coisa. Gostei muito de ter participado, por que abriu a minha visão em relação a acreditar, a ter ao menos um pontinho de esperança, que alguma coisa pode ser melhorada. E mesmo eu sendo uma única pessoa, tenho participação, e o meu voto, ou algo que eu faça, pode trazer um resultado positivo, e benefícios para a sociedade”. – Poliany Sousa, 24 anos, administradora.
“O Curso de Política é muito bacana. A
política na verdade é o exercício da cidadania. Se negarmos a política, estamos negando o direito à cidadania, a democracia. O que levo de interessante desse curso e a ideia de que vamos desmistificando todos aqueles conceitos de que ‘a política não presta, é roubalheira, é podridão’. E na verdade não é isso. Em qualquer parte do mundo, se a pessoa estiver envolvida com o exercício da cidadania, procurando se envolver e buscando direitos e deveres, para a melhoria da sociedade, nós teremos um grande avanço”. –
Juliano Dias Costa, 28 anos, graduado em História, profissional de segurança.
“Gostei muito do curso, por que ele muda a visão da pessoa, de que política é só corrupção, e faz você enxergar que, se não participar, você está contribuindo para o aumento dessa corrupção. Foi muito bom participar da aula. Nós podemos participar da política em geral, como cidadãos, em pequenas coisas, mudando nossos hábitos”. – Valdirene Silva, 28 anos, estudante.
Por Suellen Siqueira – Ascom FRB
Fotos: Douglas Gomes