A importância do público evangélico no Brasil – Conjuntura Republicana Ed. nº 216

A importância do público evangélico no Brasil – Conjuntura Republicana Ed. nº 216

Na segunda-feira, 9 de junho, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos/SP), participou de um culto na Assembleia de Deus do Brás, onde realizou um discurso considerado um aceno ao eleitorado evangélico

Embora seja católico, Tarcísio mantém uma relação próxima com o público evangélico, participando, por exemplo, da Marcha para Jesus, em São Paulo, todos os anos.

Esse vínculo, que já era conhecido, ganha ainda mais relevância no atual cenário político, marcado pelo aumento da rejeição ao presidente Lula e pela proximidade das eleições de 2026.

Dados do Censo de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a população evangélica no Brasil cresceu cerca de 5% entre 2010 e 2022.

Apesar da desaceleração no ritmo de crescimento, os evangélicos formam o segundo maior grupo religioso do país, somando mais de 47 milhões de brasileiros.

Esses números confirmam a expressiva influência desse segmento, cujo apoio ou rejeição será determinante nos resultados das próximas eleições. O Governo Federal reconhece essa importância. No entanto, mesmo com tentativas de aproximação, a reprovação da gestão Lula entre os evangélicos chegou a 66% em maio de 2025, segundo pesquisa do instituto Genial/Quaest.

Por outro lado, Tarcísio de Freitas tem se consolidado como uma opção viável para o eleitorado evangélico. Com a possível ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2026, muitos cristãos deverão buscar candidatos alinhados às pautas importantes do segmento, como a defesa dos direitos à vida e a manutenção da proibição do uso de drogas.

O gesto do governador sinaliza que ele pretende manter-se próximo aos evangélicos, o que acende um alerta para o presidente Lula (PT), que precisará encontrar formas de reduzir a rejeição nesse grupo e melhorar sua avaliação junto a esse público.

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