Na última sexta-feira (6), Silvio Almeida foi demitido do cargo de Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania após denúncias de assédio sexual serem divulgadas pela organização Me Too Brasil. Em anúncio feito na segunda-feira (9), o governo nomeou a deputada Macaé Evaristo como sua substituta.
A luta das vítimas de violência sexual frequentemente enfrenta barreiras, como o medo de represálias, especialmente quando os acusados ocupam posições de poder. Um exemplo notório é o caso do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual por servidoras da instituição.
Após a demissão de Almeida, seus apoiadores alegaram que ele era alvo constante de perseguições por aqueles que não toleravam sua presença em um cargo de destaque, especialmente devido ao seu perfil racial.
No entanto, é essencial lembrar que todos devem estar sujeitos às leis, independentemente de raça, posição social ou política. A defesa de um acusado deve basear-se no mérito das provas e no devido processo legal e não em alegações de perseguição. Essa argumentação fica ainda mais prejudicada ao verificar que uma das vítimas é a ministra Anielle Franco, que também é negra.