Na última segunda-feira (20), a autorização do IBAMA para a perfuração exploratória de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, concedida à Petrobras, reacendeu o debate entre desenvolvimento energético e preservação ambiental
A decisão, tomada às vésperas da COP30, que será sediada em Belém (PA), expôs divergências dentro do governo.
De um lado, a ala ambientalista alerta para os riscos de danos ambientais irreversíveis e para o agravamento da dependência de combustíveis fósseis, o que contraria as metas de mitigação do aquecimento global.
De outro, a ala energética defende a medida sob o argumento de soberania e segurança energética, sustentando que a exploração poderá gerar benefícios fiscais, empregos para o Amapá, além de contribuir para a transição energética.
O episódio ganhou dimensão internacional, ampliando o desgaste diplomático do Brasil, ao reforçar percepções de incoerência e sabotagem à agenda climática global.
A decisão é interpretada como um teste à credibilidade do país, que busca projetar-se como liderança ambiental enquanto aprova medidas vistas como contrárias à transição energética.