Brasília (DF) – O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge (PRB), participou nesta quarta-feira (28), na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, do lançamento da “Rota Estratégica da Cadeia Brasileira do Alumínio 2030”.
O documento, que vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor, é resultado de um processo que teve início com a assinatura do acordo de cooperação técnica entre MDIC e ABAL, em dezembro de 2016. O projeto teve como escopo pesquisar soluções alternativas, excepcionais e transitórias para a indústria do alumínio.
Em seu discurso, o ministro destacou a volta do otimismo dos agentes econômicos com os dados de crescimento da economia. “Na semana passada, o Banco Central publicou uma estimativa de que o Produto Interno Bruto do Brasil expandiu 1,04% no ano de 2017. Ainda que preliminar, pois o anúncio oficial só será feito em 1º de março, este dado confirma a retomada da confiança dos agentes econômicos no país em razão do acerto da agenda de reformas e das medidas macroeconômicas implementadas pelo governo do Presidente Temer”, afirmou Marcos Jorge.
“Essas medidas também repercutiram nas taxas de inflação e de juros. Em 2017, tivemos o menor índice de inflação em 20 anos: 2,95%. Este fato possibilitou a contínua queda da taxa de juros, que alcançou, no início de fevereiro, 6,75%, que também é o menor patamar das últimas duas décadas”, acrescentou.
Segundo o ministro, os últimos indicadores ajudam a explicar a atração de 60 bilhões de dólares em investimentos diretos para o Brasil, no ano passado. Valor 13% superior em relação ao ano de 2016, quando recebemos 53 bilhões de dólares em investimentos do exterior.
“Entre os vários elementos que contribuem para esta retomada, que deve levar a uma expansão do PIB acima de 3% em 2018, destaco as medidas para atração de investimentos privados, as iniciativas para melhoria do ambiente de negócios das empresas e a inserção internacional estratégica do país”, explicou o ministro.
De acordo com Marcos Jorge, o resultado econômico positivo também se vê refletido no comércio exterior. Em 2017, a corrente de comércio do Brasil com o mundo alcançou US$ 368,491 bilhões, representando aumento de 15,1% sobre o ano anterior. O ministro também lembrou que em 2017 o Brasil teve o primeiro crescimento das exportações em cinco anos, resultando em saldo comercial recorde de US$ 67 bilhões
“Como se pode observar, o otimismo dos agentes econômicos está de volta e o governo continua a trabalhar para aprofundar as reformas domésticas e apoiar o desenvolvimento da indústria”, declarou.
Rota Estratégica
A execução do projeto ficou a cargo do Sistema da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), e integrou esforços de profissionais capacitados, entre mestres e doutores, de diferentes áreas do conhecimento e experiência. “O estudo também nos possibilitou discutir de que forma será possível aumentar a competitividade da cadeia produtiva, além de pensar em uma estratégia de desenvolvimento para atrair novas empresas e fortalecer as que já estão gerando emprego e renda no Brasil”, declarou o ministro.
Foram identificados temas que possuem ações onde o MDIC pode colaborar diretamente na implementação do Rota Estratégica, como na articulação de atores; na expansão de mercado; na tributação e na formalização.
No eixo “Articulação de Atores” foram propostas ações como a criação de uma agenda comum e a ampliação da interlocução entre as associações do setor e o governo para a proposição de políticas públicas e defesa de interesses da indústria.
Para a expansão de mercado, o Roadmap propõe ações para o desenvolvimento de incentivos à exportação de produtos da indústria nacional e ampliação de acordos e alianças de comércio exterior, demandas que podem ser plenamente atendidas pelo MDIC.
Também foi apontada a necessidade de promoção de política de redução tarifária na importação de insumos, o que pode ser encaminhado pelo MDIC e viabilizado por meio de mecanismos temporários de alteração da Tarifa Externa Comum ou por pedidos de alteração permanente que são analisados pelo Comitê Técnico do Mercosul.
Comparado com o mercado internacional, o Brasil mantém a competitividade no início da cadeia, suas exportações de minério de alumínio (bauxita) e de óxido de alumínio (alumina) continuam a crescer e chegaram a resultados significativos em 2017. De acordo com a ABAL, as exportações de alumina brasileira cresceram 19% no ano passado, ao mesmo tempo em que a bauxita ficou entre os mais importantes elementos da pauta de exportações do setor de minérios.
Por fim, o ministro parabenizou a Abal pela iniciativa do projeto que visa entender e aprofundar a análise da atual situação do mercado de alumínio, dando subsídios para identificar tendências e preparar as empresas e os consumidores para mudanças que virão.
Texto e foto: Ascom – MDIC