A criação de uma Instituição de Ensino Superior (IES) sempre é um grande evento. Afinal, o seu negócio, se é que se pode usar este termo, não é nada menos do que o futuro: dos seus alunos, do conhecimento e da sociedade.
No caso da Republicana, faculdade mantida pela Fundação Republicana Brasileira (FRB), o compromisso é dobrado. O fato de sermos a primeira IES vinculada – mesmo que indiretamente – a um partido político levanta mil questionamentos!
Todas as dúvidas devem ser aceitas com naturalidade. Sabemos que o Brasil passa por uma crise de confiança das pessoas nas suas instituições políticas. Por isso, tudo que fizermos, tem que ser com a máxima competência, neutralidade científica e transparência.
Nesse sentido, desde cedo, é importante dizer com toda clareza o que nos move nesse desafio para que possamos começar uma relação produtiva com a sociedade. São quatro os princípios que nos orientam.
O primeiro é o propósito. Uma faculdade, qualquer uma, não é um mercado de profissões. Há sempre uma vocação a ser realizada. No caso da Republicana, nossa missão é contribuir para a melhoria da relação das pessoas com suas organizações políticas.
O segundo é a neutralidade científica. Qualquer calouro aprende no primeiro dia que entra em um curso superior que é preciso manter uma distância regulamentar do seu objeto de estudo. Não há uma ciência partidária. Se há viés na análise, não há credibilidade.
O terceiro é a pluralidade. O progresso da ciência só ocorre pelo debate e pelo questionamento. Sem diversidade de pensamento e olhar investigativo, os paradigmas não evoluem.
O quarto é a aplicabilidade do conhecimento aos problemas da sociedade. Não há ciência pela ciência em lugar onde o dinheiro é curto. Só se justifica o investimento feito na Republicana se ela estiver voltada para criar ferramentas e promover profissionais com capacidade de oferecer soluções para que as pessoas tenham uma vida melhor e mais confortável.
Vencidas as desconfianças, tenho certeza que os ganhos para a sociedade serão rapidamente identificados. Não há outro interesse na Republicana que não seja a promoção e a melhoria da coisa pública e a promoção da autoridade democrática em nosso país, tendo como instrumento a competência e a difusão do conhecimento.
*Leonardo Barreto é diretor da Faculdade Republicana