Diz o ditado que nenhum homem é uma ilha. Tão pouco são os países. Nenhuma nação, nem mesmo a mais rica em recursos naturais, pode se dar ao luxo de prescindir da ajuda de outros povos. Seja porque estamos todos interligados por um mesmo sentimento de humanidade, seja porque ninguém é verdadeiramente rico se estiver cercado de pobreza e miséria.
Por isso, os países que estão preocupados com o desenvolvimento equilibrado e sustentável de todos os povos lutam para que haja um esforço global e articulado entre as nações para que se chegue a patamares mínimos de desenvolvimento humano. O resultado desse trabalho está resumido nas Metas do Milênio.
Esse plano foi constituído em 2002 pela ONU (Organização das Nações Unidas) e reúne oito compromissos que todos os países deverão cumprir até o ano de 2015: (I) erradicar a pobreza e a miséria extremas, (II) universalizar o ensino básico, (III) promover a igualdade entre os sexos, (IV) reduzir a mortalidade infantil, (V) melhorar a saúde materna, (VI) combater a AIDS, (VII) garantir a sustentabilidade ambiental e (VIII) criar uma rede mundial de parcerias para que os povos possam se ajudar mutuamente.
É claro que os governos lideram as políticas públicas necessárias para alcançar as metas. Mas também cabe às pessoas conhecê-las e contribuir para que o Brasil possa dar exemplo e cumpri-las integralmente. E isso pode ser feito de várias maneiras, como por meio da cobrança junto aos governantes pela observância e mobilização em torno das Metas do Milênio.
A título de colaboração singela, iremos, ao longo de mais oito artigos, avaliar cada uma das metas e mostrar em que estágio de execução elas se encontram no nosso País. Dessa maneira, esperamos colaborar para que cada um, por meio do conhecimento, possa também ajudar à sua maneira na construção de um mundo menos desigual e mais justo.
Joaquim Mauro Silva
Presidente da Fundação Republicana Brasileira