Autor: Mazé

  • Arquitetura Sustentável deixa o papel e transforma cidades

    Arquitetura Sustentável deixa o papel e transforma cidades

    Telhados verdes, edifícios que produzem sua própria energia e bairros planejados com foco ambiental. Casos no Brasil e no mundo mostram que construções sustentáveis já são realidade e apontam caminhos para obras públicas mais ecológicas e inclusivas

     

    A arquitetura sustentável ganha espaço ao adotar práticas que respeitam o meio ambiente e promovem eficiência energética. Do reuso de água à geração de energia limpa, diferentes projetos comprovam que é possível construir com baixo impacto ambiental sem abrir mão do conforto.  

    Cada região adapta soluções às suas condições locais, utilizando materiais regionais, técnicas bioclimáticas e recursos tecnológicos para integrar edificações à natureza. Estratégias como painéis solares, telhados verdes, ventilação natural e uso de materiais reciclados tornam construções mais sustentáveis e reduzem o consumo de recursos naturais. 

    Exemplos não faltam. No Brasil, obras como o Palácio Rio Negro (Manaus), o Complexo Educacional Parque Dunas (Natal), a sede do SEBRAE (Brasília) e a Casa Gilberto Petry (Porto Alegre) demonstram que eficiência ambiental pode caminhar junto da arquitetura tradicional e moderna. Essas construções utilizam iluminação e ventilação naturais, painéis solares, telhados verdes, isolamento térmico e aproveitamento da água da chuva, garantindo conforto e economia em climas que vão do úmido Amazônico ao frio Sul. 

    No cenário internacional, o Vancouver Convention Centre West (Canadá) foi o primeiro centro de convenções a conquistar a certificação LEED Platinum, com telhado verde de 24 mil m² e sistema de resfriamento por água do mar. Já a Olympic House, sede do COI (Suíça), recebeu três das certificações ambientais mais exigentes do mundo, provando que grandes projetos podem alcançar autossuficiência energética e hídrica. Alguns prédios chegam até a gerar mais eletricidade do que consomem, devolvendo o excedente à rede. 

    Não apenas grandes obras se destacam. Em menor escala, residências experimentais evidenciam o potencial sustentável. A NexusHaus, por exemplo, é uma casa protótipo desenvolvida por estudantes da Alemanha e dos EUA e é capaz de gerar 100% da energia que consome por meio de painéis solares (inclusive para carregar um veículo elétrico), além de reaproveitar quase toda a água utilizada, com captação de chuva e tratamento de águas cinzas. Projetos assim mostram que é possível construir de forma sustentável a custos acessíveis, rompendo paradigmas das moradias tradicionais. 

    Soluções urbanas sustentáveis  

    Nas cidades, a arquitetura sustentável ultrapassa os edifícios individuais e alcança o planejamento urbano. Em Medellín, na Colômbia, o projeto Corredores Verdes transformou dezenas de vias com arborização massiva: mais de 600 árvores e milhares de plantas nativas reduziram em até 2 °C a temperatura nas áreas atendidas. Já no Rio de Janeiro, jardins de chuva substituem o asfalto por canteiros projetados para absorver e filtrar a água, ajudando a evitar enchentes em pontos críticos. Além de reduzir calor e alagamentos, essas soluções recuperam a biodiversidade, melhoram a qualidade do ar e oferecem espaços públicos mais agradáveis.  

    Infraestruturas verdes de parques lineares a calçadas arborizadas e ciclovias complementam a arquitetura sustentável em nível comunitário. Elas demonstram que a sustentabilidade urbana não depende apenas de alta tecnologia, mas também do resgate de elementos naturais no desenho das cidades. 

    Sustentabilidade e Políticas Públicas 

    O avanço da arquitetura sustentável indica que essas práticas tendem a se tornar padrão, sobretudo em obras públicas. Telhados vivos, energia solar, coleta de chuva e materiais ecológicos já figuram entre as recomendações para projetos governamentais e de habitação social. Em Minas Gerais, por exemplo, conjuntos do Minha Casa Minha Vida receberam placas solares, reduzindo a conta de luz de famílias de baixa renda, um modelo que poderia ser ampliado nacionalmente.  

    Além do aspecto ambiental, a sustentabilidade futura precisa ser também social. Construções “verdes” devem ser acessíveis desde sua concepção. Conceitos de desenho universal, como rampas, elevadores e banheiros adaptados, garantem que todos usufruam dos benefícios da arquitetura sustentável. Essa perspectiva inclusiva dialoga com as metas globais da ONU para cidades resilientes e acessíveis.  

    Por fim, incorporar critérios sustentáveis nas obras não é apenas uma medida ambiental, mas um investimento estratégico. Embora algumas soluções elevem o custo inicial, no longo prazo, edificações eficientes geram economia de água e energia, reduzem gastos em saúde pública e valorizam os bairros. São benefícios coletivos que superam amplamente o investimento. 

     

    Texto: Arnaldo F. Vieira – Ascom Subseção/SP 

    Revisão: Tamires Lopes – Ascom/FRB  

    Crédito da imagem: Internet 

  • FRB participa de simpósio sobre inteligência artificial e democracia

    FRB participa de simpósio sobre inteligência artificial e democracia

    O encontro foi marcado por debates sobre como a IA pode servir à democracia, e não ser subjugada por ela

     

    Brasília/DF – A Fundação Republicana Brasileira (FRB) foi convidada a participar do I Simpósio Internacional sobre Inteligência Artificial e Democracia (SIIAD), promovido pelo Instituto de Regulamentação da Inteligência Artificial (IRIA), na terça-feira, 26 de agosto. O evento teve por objetivo discutir os desafios e as oportunidades que a Inteligência Artificial (IA) impõe à sociedade, impactando diretamente a vida das pessoas, as instituições e a própria essência da democracia.

    O simpósio reuniu especialistas de diversas áreas que trouxeram reflexões e questionamento de como a IA pode ser utilizada a favor da democracia. Mais do que um espaço de diálogo, o encontro destacou a importância de compreender a tecnologia para que seus benefícios sejam aproveitados sem comprometer os valores fundamentais da sociedade.

    Em sua fala, a presidente da FRB, Renata Sene, trouxe um olhar social e alertou que o distanciamento digital restringe o acesso à informação, afetando sobretudo mulheres, crianças e servidores públicos, o que amplia as no presente e no futuro. Ela também provocou a reflexão: como a inteligência artificial pode contribuir para levar internet a todos os lugares? Para ilustrar, citou o exemplo da cidade de Francisco Morato (SP), onde apenas 30% da população tem acesso à internet, muitas vezes de qualidade precária.

    “O debate que propusemos aqui está ligado às questões sociais que envolvem esse passivo social. A inteligência artificial não pensa sozinha: somos nós, por trás das estratégias, que precisamos desenhar um Brasil mais justo por meio da formação política. É por isso que a nossa fundação participa dessas mesas internacionais, para provocar gestores locais e garantir que a proteção das pessoas seja preservada. A IA abraçou o mundo, mas nossa missão é garantir que ninguém fique para trás”, destacou Sene.

    A FRB também esteve representada pelo estrategista político Guto Ferreira, que integrou a mesa sobre “Uso da IA na Comunicação Política”. Ele ressaltou a necessidade de preparar gestores para

    criar políticas públicas inovadoras.

    “O mais importante do dia de hoje, foi perceber que conseguimos levar para a Fundação o debate da tecnologia aliada ao social. Quando unirmos esses dois pontos em uma discussão que vai oriente a criação de políticas públicas melhores, capazes de compreender e atrair as pessoas por meio da tecnologia, teremos condições de ampliar a representatividade da população dentro dos projetos dos partidos políticos e da própria Fundação”, afirmou Ferreira.

    Ao final de sua participação, a presidente Renata colocou o Núcleo de Estudos e Pesquisas (NEP) da FRB à disposição do projeto, oferecendo apoio na produção e análise de indicadores, para que nenhuma comunidade seja excluída das transformações tecnológicas. A FRB reafirma, assim, seu papel essencial de levar debate e capacitação, a quem está na ponta, observando os impactos dentro e fora das instituições e atingindo diretamente a vida das pessoas em seus municípios. Desta forma, cumpre, mais uma vez, sua missão de oferecer educação política de qualidade a todo o Brasil, agora também com o olhar atento às inovações tecnológicas.

     

    Por: Mazé Rodrigues – Ascom FRB

    Foto: Carlos Gonzaga – Ascom FRB

  • FRB Mobiliza reúne participantes de todo o Brasil em treinamento sobre Comunicação e Liderança com Fabrício Moser

    FRB Mobiliza reúne participantes de todo o Brasil em treinamento sobre Comunicação e Liderança com Fabrício Moser

    Evento on-line contou com intensa interação de grupos em diversos estados e destacou estratégias práticas de mobilização política

    A Fundação Republicana Brasileira (FRB) realizou, no dia 15 de agosto, a quarta edição do FRB Mobiliza – Comunicação e Liderança, um treinamento exclusivo para assessores, coordenadores de campanha e parlamentares. O encontro ocorreu das 9h às 17h, de forma totalmente on-line, mas com intensa participação dos estados, que organizaram grupos locais e entraram ao vivo para interagir, enviar perguntas e compartilhar experiências.

    O palestrante convidado foi Fabrício Moser, estrategista político com 30 anos de atuação em campanhas e mobilizações para o Legislativo, Executivo, entidades e associações. Reconhecido como um dos maiores palestrantes e treinadores do país, Moser já coordenou campanha presidencial e é especialista em mobilização e construção de comunidades. Nesta edição, ele conduziu o treinamento com foco no tema “Mobilização”, destacando estratégias práticas e atuais para transformar engajamento em ação, tanto nas redes quanto nas ruas.

    Durante a palestra, Moser reforçou a importância da comunicação direta e humanizada:

    “Eu não tenho que falar de política, eu preciso falar o que está acontecendo e impacta a vida das pessoas.”

    Questionado sobre como mobilizar de forma estratégica e obter resultados eficazes, seja no ambiente digital ou presencial, ele ressaltou a necessidade de criar relacionamentos duradouros:

    “Tirar as pessoas da rede social e levar para o WhatsApp. Dentro do WhatsApp, trazer de volta, de vez em quando, para a rede social. Isso é relacionamento. Política é feita de pessoas, e elas são a parte mais importante. Não adianta focar só no algoritmo: o segredo é ouvir, manter diálogo e construir sua própria rede, sem depender apenas das bolhas digitais.”

    O FRB Mobiliza já se consolidou como um dos principais projetos de capacitação da Fundação Republicana Brasileira, reunindo centenas de participantes a cada módulo. A edição de hoje manteve o ritmo das anteriores, com grande adesão, interatividade e relatos de motivação vindos de diferentes regiões do país.

     

    Por: Mazé Rodrigues – Ascom FRB

    Fotos: Carlos Gonzaga – Ascom FRB

  • Cooperativismo – Da Revolução Industrial ao fortalecimento comunitário

    Cooperativismo – Da Revolução Industrial ao fortalecimento comunitário

    Do movimento pioneiro em Rochdale à força das cooperativas agrícolas brasileiras, o cooperativismo consolidou-se como alternativa solidária ao individualismo econômico, transformando vidas no campo e nas cidades

    O cooperativismo surgiu como resposta às desigualdades da Revolução Industrial, período em que trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, salários baixos e intensa exploração. Em 21 de dezembro de 1844, um grupo de 27 tecelões e uma tecelã de Rochdale, em Manchester (Inglaterra), inspirado por ideais de solidariedade e justiça, fundou a “Sociedade dos Probos Pioneiros”. Com um pequeno capital coletivo, abriram um armazém que garantia alimentos a preços justos e divididos igualmente entre os associados. Esse gesto simples estabeleceu as bases do cooperativismo moderno, sustentado em valores que atravessaram séculos: honestidade, democracia e ajuda mútua. 

    A ideia se espalhou rapidamente. Na Alemanha, Hermann Schulze-Delitzsch criou, a partir de 1849, cooperativas de crédito voltadas a artesãos e pequenos comerciantes. Pouco depois, Friedrich Wilhelm Raiffeisen fundou cooperativas rurais na década de 1860, com forte impacto na agricultura. Na Itália, Luigi Luzzatti introduziu o modelo na região industrial de Milão. No Canadá, em 1900, surgiu a cooperativa de crédito que deu origem ao Movimento Desjardin, consolidando o alcance internacional desse modelo. 

    No Brasil, os primeiros registros datam do século XIX. Entre 1872 e 1877, iniciativas como a Associação Popular Cooperativa Predial do Recife e a Sociedade Cooperativa de Consumo de Pão, em Niterói, mostraram que a lógica solidária também encontrou terreno fértil por aqui. Em 1889, foi criada em Ouro Preto (MG) a Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos, considerada a primeira formalmente organizada no país. A partir daí, o movimento ganhou força em regiões marcadas pela imigração europeia, sobretudo no Sul, entre alemães, italianos e holandeses. 

    Nesse processo, o padre suíço Theodor Amstad teve papel fundamental. Ao chegar ao Rio Grande do Sul no fim do século XIX, fundou em 1902 a Sicredi Pioneira, em Nova Petrópolis, primeira cooperativa de crédito brasileira. Ali, católicos e protestantes uniram-se em torno de uma economia compartilhada, retomando princípios que haviam inspirado as experiências europeias. 

    Há dezenas de histórias de sucesso que confirmam o impacto do modelo cooperativo. No agronegócio, organizações como Cooxupé (MG), Itambé (MG), Coamo (PR), Coopavel (PR) e a Vinícola Aurora (RS) reúnem milhares de associados, transformam cadeias produtivas regionais e alcançam mercados internacionais. Na agricultura familiar, iniciativas como COOTRAF e COOPERAGRECO, em Santa Catarina, uniram pequenos produtores para oferecer hortifrutis, alimentos coloniais e orgânicos diretamente ao mercado, agregando valor e promovendo desenvolvimento local. Hoje, cerca de 71% dos estabelecimentos rurais cooperados no Brasil pertencem à agricultura familiar, gerando renda, segurança alimentar e integração sustentável com políticas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). 

    O cooperativismo também ultrapassa o campo. Em Pernambuco, a Cooates mobilizou comunidades em projetos socioambientais, como o reflorestamento no entorno do Porto de Suape. Em escala institucional, o Sistema OCB representou o setor em conferências como a COP29, reforçando sua relevância no combate às mudanças climáticas e no avanço das finanças verdes. As cooperativas financeiras, em especial, têm ampliado a inclusão e o desenvolvimento nas regiões mais remotas do país. 

    É evidente que, com base comunitária e democrática, o cooperativismo ainda tem muito a oferecer. Seu fortalecimento significa não apenas justiça econômica, mas também inovação social, inclusão financeira e sustentabilidade ambiental. Ao revisitar os alicerces de Rochdale, erguidos por trabalhadores em busca de dignidade, percebemos que esse modelo segue vivo e capaz de inspirar novas transformações, especialmente nas periferias urbanas, na economia local e em contextos marcados pela desigualdade. 

     

    Texto: Arnaldo F. Vieira – Ascom Subseção/SP 

    Revisão: Tamires Lopes – Ascom FRB 

    Crédito da imagem: Freepik 

  • Hidrogênio verde: combustível limpo impulsiona a revolução energética no Brasil

    Hidrogênio verde: combustível limpo impulsiona a revolução energética no Brasil

    Brasil investe na produção de hidrogênio a partir da água com uso de energias renováveis, mirando a redução de emissões, novos mercados e a transição para uma economia sustentável

    Em Santa Catarina, um projeto pioneiro mostrou que é possível produzir combustível limpo a partir da água. A usina piloto, inaugurada em 2023, simboliza a entrada do Brasil em uma nova era da energia sustentável, fruto de uma parceria com a Alemanha. A tecnologia aplicada é a eletrólise da água: uma corrente elétrica proveniente de fontes renováveis (como solar e eólica) separa o hidrogênio do oxigênio, sem liberar gases poluentes. O resultado é o chamado hidrogênio verde, um combustível de emissão zero de carbono, cuja única “sobra” é vapor d’água.  

    Esse processo contrasta com a produção tradicional de hidrogênio, obtida a partir do gás natural e associada a elevadas emissões de CO₂. A proposta do hidrogênio verde é justamente substituir os métodos convencionais, oferecendo uma alternativa limpa e versátil para setores diversos, como indústrias, transportes e geração elétrica. A Petrobrás, por exemplo, já anunciou um projeto no Rio Grande do Norte, previsto para 2026, que utilizará energia solar em sua cadeia produtiva.  

    Do ponto de vista ambiental, o hidrogênio verde apresenta vantagens relevantes. Além de não gerar CO₂ em sua produção ou utilização, pode ser armazenado e empregado em momentos de maior demanda energética, funcionando como uma espécie de “bateria” para a matriz renovável. Nos centros urbanos, pode abastecer veículos como ônibus e trens movidos a célula combustível, com emissão zero de poluentes e significativa redução de ruídos e impactos à saúde.  

    Na indústria, o hidrogênio verde surge como alternativa aos combustíveis fósseis em setores de difícil eletrificação, como a produção de aço, cimento e fertilizantes. Esse avanço abre caminho para a descarbonização da economia, essencial para o cumprimento de metas ambientais e para manter a competitividade brasileira na exportação de produtos sustentáveis. Países como Alemanha, Japão e Austrália já investem fortemente nessa agenda, e o Brasil se destaca como potencial fornecedor global, devido à abundância de fontes renováveis e ao baixo custo de geração.  

    O cenário interno também é favorável. A matriz elétrica brasileira já é majoritariamente renovável, o que facilita a integração do hidrogênio verde. Em 2022, foi criado o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que definiu diretrizes para pesquisa, certificação e incentivo à produção. Em 2024, entrou em vigor o marco legal do hidrogênio, estabelecendo regras para produção, transporte e benefícios fiscais à cadeia produtiva. Estados como Ceará, Bahia e Piauí já desenvolvem projetos em parceria com empresas e governos estrangeiros, consolidando os primeiros hubs nacionais de exportação e consumo local. 

    Assim, o hidrogênio verde se fortalece como vetor estratégico da transição energética no Brasil. Sua adoção pode gerar empregos, atrair investimentos e reposicionar o país no cenário mundial da energia, agora com protagonismo sustentável e alinhado às metas climáticas globais. O desafio será garantir avanços regulatórios, fomentar inovação tecnológica e assegurar que essa revolução alcance toda a sociedade, por meio de transporte público limpo, industrialização sustentável e fornecimento de energia a regiões isoladas. 

    Mais do que um combustível do futuro, o hidrogênio verde já ocupa espaço central nas políticas ambientais e econômicas atuais. Cabe ao poder público transformar esse potencial em benefícios concretos para o Brasil e para as próximas gerações. 

     

    Texto: Arnaldo F. Vieira – Ascom Subseção/SP 

    Revisão: Tamires Lopes – Ascom/FRB 

    Crédito da imagem: Pinterest 

  • Marcos Pereira celebra os 20 anos do Republicanos com foco em qualidade, diálogo e protagonismo eleitoral

    Marcos Pereira celebra os 20 anos do Republicanos com foco em qualidade, diálogo e protagonismo eleitoral

    Presidente nacional relembrou as origens, exaltou os feitos e mirou os próximos passos do partido

     

    Brasília (DF) – O presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), destacou durante o evento de 20 anos do partido, a trajetória de duas décadas da sigla, com ênfase na consolidação eleitoral, fortalecimento da militância feminina, busca por protagonismo político e novas pautas estratégicas.

    Trajetória e balanço histórico

    Marcos Pereira abriu o pronunciamento relembrando o crescimento expressivo do partido: com mais de 600 mil filiados formalmente registrados, que conta com aproximadamente 350 mil mulheres. O Republicanos figura hoje como uma das principais siglas do país, com forte representação de prefeitos, vereadores e parlamentarismo federal e estadual.

    Na eleição 2024, foram eleitos 433 prefeitos, 436 vice-prefeitos e 4.645 vereadores, além da bancada com 45 deputados federais, 4 senadores, 2 governadores e 2 vice-governadores. Ele destacou ainda que o Republicanos foi o único partido fundado no século 21 a eleger um presidente da Câmara, o deputado Hugo Motta (PB), o mais jovem a ocupar o cargo. Também defendeu a participação das mulheres na política como essencial, e não meramente quantitativa.

    Para o Procurador da Câmara, embora os números sejam relevantes, o maior salto do partido foi na qualidade: das lideranças, das gestões, dos projetos e da atuação parlamentar.

    Novos tempos: diálogo e política além da polarização

    Em meio a um cenário político marcado por polarização intensa, Marcos Pereira defendeu uma atuação pautada pelo diálogo, pelas soluções concretas e pela responsabilidade pública, ao invés de embates ideológicos ou discursos inflamados nas redes sociais. “A política do ódio divide, mas a política da competência multiplica. Nossa trajetória foi construída com equilíbrio, responsabilidade e compromisso com o Brasil. Em tempos de polarização, escolhemos o caminho do diálogo, o caminho da construção”, disse.

    Olhar para o futuro: novas pautas e protagonismo

    Para os próximos anos, o partido aposta em um plano de ação voltado para desafios estruturais do país, com destaque para a agenda energética. Marcos Pereira ressaltou que o Brasil, com sua matriz energética diversificada e potencial renovável, pode se tornar protagonista global, desde que haja planejamento, investimento e segurança jurídica.“O Brasil, com sua matriz energética diversificada e potencial renovável incomparável, pode e deve ser protagonista dessa nova era. Mas para isso precisamos de planejamento e investimento, além de segurança jurídica. Nosso grupo estratégico de Estudos, liderado pelo deputado estadual de Roraima e ex-ministro da indústria, Marco Jorge, já está trabalhando para apresentar uma proposta para o país”, explanou.

    Por fim, Marcos Pereira também levantou a possibilidade da legenda ter um candidato à Presidência da República em 2026, evocando o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Vamos ampliar nossas bancadas de deputados estaduais, de deputados federais, senadores, reeleger e eleger governadores. E quem sabe, quem sabe, se a conjuntura dos acontecimentos permitir, teremos um candidato a presidente da República. Não é, Tarcísio?”, falou.

    Texto: Agência Republicana de Comunicação (ARCO)
    Fotos: Júlio Dutra

  • Republicanos reúne três mil pessoas para comemorar duas décadas de história política

    Republicanos reúne três mil pessoas para comemorar duas décadas de história política

    Festa marca trajetória de crescimento partidário e os projeta desafios para os próximos anos

    Brasília (DF) – Encerrando as comemorações dos 20 anos do Republicanos, o partido realizou uma comemoração com mais de três mil participantes, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, nesta segunda-feira (25). Entre apresentações artísticas e homenagens, como destacou o presidente, deputado Marcos Pereira (SP), foram comemoradas duas décadas de história, conquistas, lutas e amadurecimento político.

    “Hoje celebramos não apenas o que conquistamos, mas olhamos para o futuro porque ele nos impõe novos desafios”. Marcos Pereira observou que o Brasil atravessa uma crise econômica persistente, com baixa produtividade, carga tributária sufocante e desigualdade estrutural e que é preciso enfrentar essas questões com visão de longo prazo. “Apesar dos números, nosso maior salto foi o salto de qualidade, dos quadros políticos, projetos e da nossa atuação parlamentar. Ou seja, o que vai nos levar para o ponto mais alto do nosso objetivo é a qualidade e o resultado das nossas ações, nossa trajetória foi construída com equilibro, responsabilidade e compromisso com o Brasil”, analisou.

    Em nome de todos os filiados, o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Hugo Motta (PB), entregou ao presidente Marcos Pereira um troféu como homenagem pelos 14 anos à frente da presidência da legenda. “Venho dizer que essa festa também é sua e trago essa mensagem de reconhecimento pelo seu trabalho e sua dedicação. Os resultados do nosso partido falam por si só e todos aqui reconhecem que, sem seu trabalho e capacidade de liderança, nada do que o Republicanos construiu teria sido possível”, afirmou o presidente da Câmara.

    Para o governador de São Paulo, o republicano Tarcísio de Freitas, diante dos desafios políticos e do “processo de depuração partidária que o país passa”, o partido está pronto para dar passos maiores. “Neste dia especial celebramos o partido que, ao longo do tempo, conquistou seu espaço como referência política, como partido de fundamento, propósito e valores, que veio para ficar e fazer a diferença”. A respeito do prestígio e da relevância política que o partido tem alcançado, Tarciso de Freitas ressaltou: “por trás do sucesso tem o trabalho profissional de muita gente, lideranças, dirigentes, pessoas que amam o país e acreditam no que fazem, desde o saudoso José de Alencar até o trabalho do grande presidente Marcos Pereira”.

    Rosangela Gomes, deputada federal licenciada e atual secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, foi homenageada durante a comemoração. “Eu sou republicana de coração e alma. Enquanto houver ruas sem asfalto, escolas sem reforma e mulheres vitimadas, nós estaremos nas trincheiras do Republicanos, fazendo a diferença, dando voz a cada mulher que tem compromisso com nosso país”.

    A senadora republicana Damares Alves (DF) falou sobre os desafios que o Brasil enfrenta. “Ainda somos o quinto país do mundo que mais mata mulheres, e o pior país da América do Sul para nascer menina, uma a cada três meninas brasileiras é abusada sexualmente até os 18 anos de idade. Também somos o quinto país do mundo em maior número de suicídio. É essa a nação que temos para cuidar nos próximos 20 anos, mas temos um partido que tem coragem de apresentar propostas. Nós saímos do discurso para a prática, entregamos resultados”, defendeu.

    O Republicanos encerrou suas comemorações reafirmando o compromisso com as transformações que o país necessita. Entre os desafios apontados, estão a redução da desigualdade social, o combate à violência contra a mulher e a geração de emprego e renda.

    Também prestigiaram o evento o líder do Republicanos, deputado Gilberto Abramo (MG), o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa; o vice-governador de Roraima, Edilson Damião; o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (PE); e o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga. Além de outros nomes de destaque do partido, representantes de diretórios estaduais e municipais, da militância republicana, do presidente do PL, Valdemar da Costa (SP); do MDB, Baleia Rossi (SP); do PSB, Gilberto Kassab (SP); e dos líderes do Progressista, deputado Dr, Luizinho (RJ) e do PSB, deputado Antônio Brito (BA).

    Texto: Fernanda Cunha, com edição de Felipe Rodrigues / Ascom – Liderança do Republicanos
    Foto: Julio Dutra

  • Republicanos celebra 20 anos e se consolida como principal alternativa à polarização política

    Republicanos celebra 20 anos e se consolida como principal alternativa à polarização política

    Deputados destacam trajetória de crescimento, defesa de grupos vulneráveis, defesa da democracia e diálogo ao longo de duas décadas

    Brasília (DF) – Nesta segunda-feira (25), a Câmara dos Deputados realizou sessão solene para celebrar os 20 anos da criação do Partido Republicanos. O idealizador da homenagem e presidente da legenda, deputado Marcos Pereira (SP), afirmou que a nova era do Republicanos começou. “Convoco cada brasileiro que acredita na boa política: juntos, continuaremos firmes, guiados por nossos valores, servindo ao país com humildade e destemor. Que possamos, nos próximos 20 anos, consolidar definitivamente o Brasil justo, próspero e fraterno que sonhamos”, disse.

    Pereira ainda falou sobre a dificuldade do cenário atual da política. Para ele, o Republicanos é a alternativa aos extremos. “Nossa missão ganhou ainda mais relevância diante do cenário que vivemos. O Brasil está cansado da polarização que paralisa, dos extremos que dividem, da politicagem que não resolve.  O Republicanos chegou à maturidade para ser essa força de equilíbrio. Somos a ponte entre um passado que não podemos negar e um futuro que precisamos construir”, afirmou.

    Para o presidente da Câmara deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), trata-se da celebração de uma trajetória assinalada pela firmeza de princípios e compromisso com o interesse público. “O Republicanos tem demonstrado que é possível crescer sem abrir mão de princípios, que é possível inovar preservando valores, que é possível dialogar sem transigir com convicções”.

    Na avaliação do presidente da Casa, deputado Hugo Motta, celebrar 20 anos do Republicanos é também olhar para o futuro. “É reafirmar o compromisso de continuar sendo espaço de diálogo, trincheira de valores e instrumento de progresso. É renovar a disposição de trabalhar por um país mais desenvolvido, mais livre, mais ético e mais justo. Neste momento simbólico, reitero o meu orgulho de fazer parte desta história, uma história que está apenas começando.

    Ele agradeceu a todos que contribuíram com a trajetória do partido, lideranças, mandatários, filiados, funcionários, voluntários e “todos os brasileiros que se sentem representados por esse projeto”.

    O deputado Gilberto Abramo (MG), líder do Republicanos na Casa, chamou atenção para o compromisso do partido com o país. “Somos o partido que coloca o interesse nacional acima de qualquer cálculo político. Em momentos decisivos, quando a nação clamava por unidade acima da polarização, nossa bancada respondeu com coesão e alinhamento que somente uma visão de Estado, e não de governo, vicejam”.

    Defesa dos vulneráveis e oportunidade para as mulheres

    A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) apresentou o Republicanos como “o partido das entregas concretas”. Ela destacou o histórico do partido na defesa de grupos vulneráveis. “Enquanto muitos estão brigando, o Republicanos está trabalhando. Hoje, tem muita gente pousando de defensor da infância, da família, da mulher, mas há 20 anos, o único corpo técnico preparado para escrever emendas e destaques para salvar crianças, era o corpo técnico do Republicanos. Vocês precisam conhecer de fato a produção legislativa deste partido”, defendeu.

    Representando as mulheres, a deputada Maria Rosas (Republicanos-SP) e procuradora adjunta da mulher na Câmara também discursou. “Estou aqui representando a bancada feminina do Republicanos e a bancada feminina do Congresso Nacional. Temos visto que o partido capacita, valoriza e dá a oportunidade que a mulher precisa. Eu tive essa capacitação, eu tive essa valorização e essa oportunidade. A mulher quer fazer política. A mulher gosta de fazer política. Ela só precisa de uma oportunidade”, enfatizou.

    Maria Rosas chamou à tribuna a chefe de gabinete da Liderança do Republicanos, Tiana Maria, e as demais deputadas da bancada. “Tiana é a funcionária mais experiente do nosso partido e foi uma das grandes responsáveis por auxiliar a nossa bancada ao longo de todos esses anos. Como ela sempre diz, nenhuma de nós é mais forte do que todas nós juntas. E todos nós juntos. Viva o Republicanos!”

    Presidência de Marcos Pereira

    O ministro de Portos e Aeroportos, deputado licenciado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), falou sobre a trajetória de Marcos Pereira, que transformou a bancada do partido de oito para mais de 40 deputados em pouco mais de 10 anos. “Nós sabemos o que Vossa Excelência caminhou ao longo da sua vida pública e da sua vida pessoal para construir esse momento tão bonito. Se existe um presidente de partido respeitado na política brasileira, esse presidente se chama Marcos Pereira. E é muito bom poder fazer parte da família republicana”, disse o ministro.

    O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, também elogiou a liderança de Marcos Pereira, que, segundo ele, administra o partido com zelo e faz questão de valorizar a trajetória da sigla. “O presidente Marcos Pereira tem essa deferência, esse respeito, não usa a força partidária para desmoralizar ninguém. Ele conversa com a gente, ele fala do que é importante para o partido, ele nos direciona”, disse.

    Início do partido

     “Um partido sem fundo partidário, sem tempo de televisão”, foi assim que o deputado Crivella falou do início do Republicanos, há 20 anos. “O vice-presidente José de Alencar foi convidado por todos os grandes partidos para fazer parte, mas no último momento ele nos chamou e disse: “Vamos fundar esse partido”. E antes de morrer, ele me disse: “Crivella, o nosso partido vai ser grande”, porque ele começou com um ato de renúncia, de idealismo e de fé. Tenho certeza que no céu ele olha a gente agora”.

    O início do partido também foi o tema do discurso do ex-Presidente do Republicanos, Vitor Paulo, que destacou o processo de homologação pelo Tribunal Superior Eleitoral e a escolha do número 10. “A história que construímos não pertence a um nome ou a um grupo restrito. Essa história é do nosso povo, é do povo brasileiro e é de todos os republicanos. Ela é fruto da dedicação de todos aqueles que ao longo desses anos acreditaram na força da democracia, na importância do diálogo e na necessidade de servir ao povo com responsabilidade e ética.

    Saiba mais:

    O Republicanos conta com 44 parlamentares e quatro senadores, 80 deputados estaduais, dois vice-governadores, 433 prefeitos, 436 vice-prefeitos, 4.645 vereadores, além de dois governadores, Tarcísio de Freitas governador de São Paulo, a maior economia do país, e Wanderley Barbosa em Tocantins, com recorde de aprovação.  São 568.101 filiados – a maioria mulheres, 284.631 – espalhados por todo o território nacional.

    Texto: Fernanda Cunha, com edição de Felipe Rodrigues/ Ascom – Liderança do Republicanos
    Foto: Julio Dutra

  • Republicanos celebra 20 anos de história com exposição na Câmara dos Deputados

    Republicanos celebra 20 anos de história com exposição na Câmara dos Deputados

    Mostra ficará aberta ao público até dia 05 de setembro

    Brasília (DF) – Em celebração das duas décadas de trajetória política, o Republicanos inaugurou, nesta segunda-feira (25), a exposição “Republicanos 20 anos”, no Congresso Nacional. O evento de lançamento foi presidido pelo deputado Marcos Pereira (SP), presidente nacional da legenda e procurador parlamentar na Câmara.

    “Inauguramos esta exposição, que conta a história de 20 anos do Republicanos. As senhoras e os senhores podem ver o histórico da evolução do partido, desde a criação do PMR, Partido Municipalista Renovador, que depois se tornou PRB, Partido Republicano Brasileiro, e, desde 2019, Republicanos”, explicou Marcos Pereira.

    A solenidade de abertura contou com a presença do presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), do líder do Republicanos, deputado Gilberto Abramo (MG), governador Wanderlei Barbosa (TO), de deputados, senadores e diversas lideranças políticas de todas as regiões do Brasil.

    Hugo Motta destacou a relevância do partido. “Nós temos hoje uma das maiores bancadas na Câmara dos Deputados, e uma bancada grande não só do ponto de vista numérico, mas do ponto de vista qualitativo”. Para Hugo Motta, o crescimento da legenda reflete a liderança do presidente do partido, deputado Marcos Pereira, que está à frente da presidência do Republicanos há 14 anos.

    “Hoje o dia é de agradecer ao presidente Marcos Pereira, por seu trabalho incansável, sua liderança inconteste, sua capacidade de articulação e sua visão estratégica que permitiram que o partido atingisse a estatura que hoje reconhecemos”.

    Atualmente, o Republicanos se consolida como uma das principais forças políticas do país, ocupa a sexta posição entre os maiores partidos brasileiros e conta com 600 mil filiados. A exposição “Republicanos 20 anos” estará aberta para visitação pública durante os dias úteis de funcionamento da Câmara dos Deputados, permanecendo disponível até o dia cinco de setembro.

    SERVIÇO:
    Exposição: Republicanos 20 anos
    Local: CorredorTereza de Benguela – Câmara dos Deputados
    Período de visitação: 25 de agosto a 05 de setembro

     

    Texto: Fernanda Cunha, com edição de Felipe Rodrigues/ Ascom – Liderança do Republicanos
    Foto: Julio Dutra

  • Fluência de leitura e o ODS 4 da ONU

    Fluência de leitura e o ODS 4 da ONU

    A leitura fluente, capacidade de ler com precisão, rapidez e expressividade, é essencial para a compreensão dos conteúdos escolares e está diretamente ligada ao ODS 4 da ONU, que busca garantir uma educação de qualidade, inclusiva e equitativa para todos 

     

    A alfabetização constitui um dos pilares essenciais da educação e representa condição indispensável para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 4 da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca garantir uma educação de qualidade, inclusiva e equitativa para todos.  

    Nesse contexto, a fluência de leitura se destaca como um fator essencial para a aprendizagem eficaz e o desenvolvimento de habilidades fundamentais ao longo da vida, afinal, ela envolve a capacidade de decodificar palavras com precisão, velocidade e expressividade, permitindo que o aluno compreenda e interprete textos de maneira autônoma e crítica.  

    O ODS 4 estabelece que todas as crianças devem adquirir competências básicas de leitura até o fim do ensino primário, reforçando a fluência leitora como um indicador relevante do progresso educacional. 

    Avaliação 

    A avaliação contínua da fluência de leitura é uma ferramenta estratégica para identificar precocemente dificuldades, orientar intervenções adequadas e promover a equidade no processo educacional. Políticas públicas como o Indicador Criança Alfabetizada, desenvolvido pelo INEP/MEC, têm como objetivo acompanhar o desempenho dos estudantes em leitura e escrita, contribuindo para a redução das desigualdades educacionais, conforme preconiza o ODS nº 4.  

    Experiências internacionais, como as dos Estados Unidos, Chile e Finlândia, demonstram que a avaliação sistemática da fluência de leitura pode elevar significativamente os índices de alfabetização infantil. No Brasil, programas como o Tempo de Aprender investem na formação de professores e na adoção de práticas pedagógicas fundamentadas em evidências.  

    Problemas 

    Apesar dos avanços, os desafios ainda são expressivos. Dados do INEP de 2023 revelam que 44% das crianças brasileiras não atingiram a fluência de leitura esperada para o 2º ano do Ensino Fundamental. Esse cenário evidencia a urgência de fortalecer políticas públicas de alfabetização e ampliar ações que promovam a equidade e a inclusão educacional, em consonância com o ODS 4.  

    Outro obstáculo é a limitação de acesso a recursos digitais em escolas localizadas em regiões remotas, especialmente a falta de conexão à internet, o que dificulta a aplicação de metodologias inovadoras no processo de alfabetização e desenvolvimento da fluência leitora.  

    Compromisso 

    Promover a fluência de leitura desde os primeiros anos escolares significa investir na formação de cidadãos críticos e no desenvolvimento sustentável da sociedade. Nesse sentido, a avaliação contínua, a formação docente de qualidade e a implementação de estratégias pedagógicas eficazes tornam-se fundamentais para assegurar uma educação que atenda a todos, sem deixar nenhuma criança para trás.  

     

    Texto: Arnaldo F. Vieira – Ascom Subseção/SP 

    Revisão: Tamires Lopes – Ascom FRB 

    Crédito da imagem: Internet