O Dia Internacional da Animação, comemorado hoje (28), foi instituído em louvor à data em que ocorreu a primeira projeção pública de imagens animadas, por Émile Reynaud, em Paris, no ano de 1892. Para marcar a data, 51 países dos cinco continentes, entre eles o Brasil, realizam uma mostra que é considerada o maior evento simultâneo de animação do mundo.
Em sua 11ª edição brasileira, o Dia Internacional da Animação (DIA) está exibindo, hoje e nos próximos dias, 30 curtas-metragens em 240 cidades brasileiras, das quais muitas sequer têm salas de cinema. A programação do evento, que conta com patrocínio da Petrobras, mostra filmes nacionais e estrangeiros – nove deles para o público infantil – em sessões gratuitas.
“Nossos principais objetivos são a formação de plateia, apresentar um cenário geral da produção aqui e no mundo e estimular que mais fomentos e animadores apareçam ao longo do tempo”, diz Marcelo Marão, um dos idealizadores da versão brasileira do evento criado pela Associação Internacional do Filme de Animação. Segundo ele, todas as cidades participantes exibem pelo menos uma vez os filmes, e podem reprisar os curtas quantas vezes quiserem.
Além de recentes produções de novos e consagrados nomes da animação brasileira, a mostra nacional resgata este ano um filme de 1930, Frivolitá, de Luis Seel. Com apenas três minutos de duração, o curta conta a história de uma mocinha que, querendo dormir até mais tarde, tem de enfrentar o despertador, o gramofone e um bando de gatos.
“O filme esteve perdido por quase 70 anos, e foi restaurado no ano passado. Será a primeira exibição pública do curta, após sete décadas desaparecido”, conta Marão. Na programação da mostra brasileira, há filmes produzidos em diferentes regiões, com as mais variadas técnicas de animação, do desenho à mão e da massinha de modelar à computação gráfica 2D (duas dimensões).
De acordo com Marcelo Marão, o cenário hoje está bem mais favorável para a produção e exibição de filmes de animação no Brasil, porque o número de festivais aumentou bastante – são mais de 200 atualmente. Além disso, há uma série de sites que exibem online os curtas, o que dissemina a um número incalculável de pessoas a produção brasileira, hoje de cerca de 300 curtas de animação por ano. O país também produz uma dúzia de séries de TV, e neste ano mais de dez longas estão em alguma etapa de produção ou prestes a serem lançados.
“Um dos fatores mais fundamentais para esse crescimento veio com a lei do audiovisual, que obrigou os canais estrangeiros a comprar um número mínimo de produções nacionais, incluindo animações. Isso é bom para quem produz, bom para o mercado e bom para quem vê”, destaca Marão.
No Rio de Janeiro, a primeira exibição das mostras nacional e internacional do DIA teve início às 19h30 de hoje, no Arte Sesc, no Flamengo, zona sul da cidade. A programação completa em todo o país pode ser acessada no site www.diadanimacao.com.br.
Fonte: Agência Brasil