João Pessoa (PB) – O deputado estadual Jutay Meneses (PRB-PB) fez um alerta, nesta quarta-feira (4), sobre o risco que a Paraíba enfrenta de ter um surto de poliomielite por conta do baixo índice de vacinação. Segundo dados do Ministério da Saúde, o estado está abaixo da meta de cobertura com 69% da população alvo imunizada, quase 30% a menos do que é recomendado. As cidades de Mogeiro, Marizópolis, Santa Helena e São José de Princesa vacinaram menos de 50% do público alvo e correm o risco de ter surto da doença.
“É preciso uma ação mais enérgica para que as crianças paraibanas sejam imunizadas, pois não temos casos de paralisia infantil no Brasil há 30 anos e não podemos deixar que essa doença volte. A realização de campanhas e alerta aos pais é fundamental nessa hora, pois existe uma ação maldosa de divulgação de noticias falsas em relação às vacinas. Não dá para brincar com a saúde”, disse o deputado.
O parlamentar lembrou da Lei 11.139 /2018, de sua autoria, que estabelece que os pais de crianças deverão apresentar o cartão de vacinação dos filhos no ato da matrícula em escolas que oferecem ensino infantil na Paraíba. De acordo com o texto, caso o documento não seja apresentado ou se observe a falta de alguma das vacinas obrigatórias, a situação deve ser regularizada em 30 dias, sob pena de comunicação ao Conselho Tutelar.
A gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Renata Nóbrega, disse que a lei vai ajudar a reduzir o risco de adoecimento. “Sabemos que esse grupo de crianças de até 2 anos é uma população que sempre adoece no âmbito escolar. Então, isso vai contribuir com a questão da saúde, de promoção e prevenção. O fortalecimento de estratégias e a identificação das fragilidades tudo isso é importante para que a gente consiga atingir a cobertura vacinal nos 223 municípios do estado da Paraíba”, completa.
Doença
Causada por um vírus que vive no intestino, a poliomielite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos, podendo também contaminar adultos. A transmissão ocorre de uma pessoa para outra por meio de saliva, fezes, assim como água e alimentos contaminados.
A maior parte das infecções apresenta sintomas como febre, dor de garganta, náusea, vômito e prisão de ventre. No entanto, cerca de 1% dos infectados pode desenvolver a forma paralítica, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Texto e foto: Ascom – deputado estadual Jutay Meneses