Brasília (DF) – Requerida pelo deputado federal Roberto Alves (PRB-SP), a audiência pública que irá debater o ‘desafio da Baleia Azul’, que viralizou nas redes sociais e vem induzindo jovens ao suicídio, será realizada na próxima terça-feira (9), às 10h, no plenário da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CTCCI) da Câmara dos Deputados.
Entre os convidados, estão o gerente de relações governamentais do Facebook, Bruno Magrani, o presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, o diretor-geral do Departamento de Polícia Federal (DPF), Leandro Daiello Coimbra, o representante do Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef) no Brasil, Gary Sthal, o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rogério Giannini, o blogueiro e youtuber Felipe Neto, o presidente da Safernet Brasil, Thiago Tavares, e o advogado Renato Opice Blum, especializado em direito digital e eletrônico.
Roberto Alves afirmou que está preocupado com a repercussão do ‘desafio da Baleia Azul’ entre os jovens. Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade psicológica, que passam por problemas familiares ou sofrem de depressão, têm sido alvos fáceis dos criminosos. Para o republicano, a audiência pública foi requerida em caráter de urgência, para que sejam discutidas estratégias para coibir o avanço desse jogo macabro entre os adolescentes.
“A nossa intenção é colocar as empresas de internet e a Polícia Federal frente a frente, para que sejam estabelecidas parcerias e colaborações no sentido de identificar os bandidos que vêm manipulando, coagindo-os e obrigando os jovens a tirarem suas próprias vidas”, afirmou.
Desafio
Segundo a polícia, o desafio da Baleia Azul propõe 50 desafios ao participante, depois sugere o suicídio como o desafio derradeiro. A pessoa é monitorada por um ‘curador’, responsável por passar as missões e validar ou não os desafios completados.
Os desafios começam simples, como assistir a filmes de terror durante 24 horas e não falar com ninguém. Em seguida, eles sobem de nível, obrigando o adolescente a ferir os lábios, fazer pequenos cortes no corpo e até desenhar uma baleia no braço, usando estilete.
Após uma sequência de missões ainda mais perigosas, o ‘curador’ exige que o jogador tire a própria vida e faz ameaças à vítima, caso ela não complete a última etapa. Casos de suicídio atribuídos ao jogo foram registrados em Mato Grosso, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Tentativas de suicídio foram registradas em dezenas de cidades brasileiras, por isso, o ‘desafio da baleia azul’ tem sido a maior preocupação entre pais e educadores.
Texto: Carlos Eduardo / Ascom – deputado federal Roberto Alves
Foto: Douglas Gomes