Na última semana, o portal de notícia BBC News divulgou os resultados da investigação do Instituto Alana, organização voltada à proteção dos direitos das crianças. De acordo com a investigação realizada pelo instituto, empresas ligadas a sites de apostas virtuais têm contratado crianças e adolescentes influenciadores nas redes sociais para divulgar casas de apostas.
A estratégia dessas organizações objetiva direcionar propagandas de jogos de azar na internet para o público infantojuvenil. As investigações revelaram que os influencers que têm feito a divulgação dos jogos de azar têm entre 6 e 16 anos e perfis que variam de 200 mil a mais de 9,5 milhões de seguidores, muitos deles também crianças.
Os cassinos virtuais, como o “jogo do tigrinho” são considerados ilegais no país, contudo, está tramitando no Senado Federal, o PL 2234/2022, que tem como objetivo a legalização do Jogo do Bicho, de cassinos e bingos, e que pode impactar diretamente a exposição dos jovens a esse mercado. A proposta ainda precisará passar pelo plenário do Senado e pela Câmara, porém, existem expetativas de aprovação, devido ao apoio do Governo.