Na quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reuniu-se para definir a taxa básica de juros, a qual é referência para a maioria das operações de crédito, como financiamentos e investimentos, e responsável por controlar a inflação. A taxa de 14,75% definida pelo Comitê é o maior patamar desde agosto de 2006, segundo o BC.
A manutenção da alta taxa de juros tem sido um desafio para o Governo Federal, que tem aberto diversas linhas de créditos por meio de programas federais. Contudo, esse crédito fica limitado à capacidade orçamentária da União e não surtiu o efeito esperado na opinião pública. A insatisfação do Planalto fica evidente nas recentes movimentações de aliados do governo. Centrais sindicais, que mantêm forte vínculo com o presidente Lula, têm intensificado a pressão sobre o Banco Central para a redução da taxa de juros.
Na quarta-feira (7), durante a reunião do Copom, foi registrada uma nova manifestação articulada pelas centrais sindicais, que já haviam promovido ações semelhantes ao longo de 2024, durante outras ocasiões em que o comitê se reuniu. O movimento faz parte de uma estratégia dos aliados do Governo para pressionar o BC a reduzir a taxa básica de juros, medida que poderia ampliar o poder de compra da população e favorecer a avaliação da gestão petista. No entanto, a iniciativa desconsidera os possíveis impactos sobre a estabilidade econômica do país e o controle da inflação.
Imagem: Onze