Em julho deste ano, o Governo Federal realizou cortes significativos no orçamento público federal. A motivação para o reajuste do orçamento foi o aumento da projeção de despesas para 2024.
Com a elevação das despesas obrigatórias, o Governo é obrigado a reduzir gastos discricionários, respeitando os compromissos estabelecidos pelo Marco Fiscal. Esse impasse econômico evidencia a divisão ideológica existente no palácio do Planalto.
Por um lado, uma ala mais pragmática ligada ao ministro da Fazenda Fernando Haddad e à ministra do Planejamento, Simone Tebet, reconhece que o crescimento exponencial dos gastos previdenciários é o principal problema e que a desvinculação entre o salário-mínimo e as aposentadorias seria uma alternativa plausível.
Já o lado social do PT, liderado principalmente pela presidente do PT, Gleisi Hoffman, defende que o Governo deveria reajustar o Marco Fiscal e evitar mexer nas aposentadorias.
Contudo, as alternativas apresentadas podem provocar outros problemas, pois, desvincular as aposentadorias prejudicaria a segurança financeira dos aposentados e a alteração do Marco Fiscal colocaria em risco a credibilidade econômica do país, que mais uma vez alteraria as regras orçamentárias.