Na quinta-feira, 19 de setembro, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) publicou uma nota de recomendação da volta do horário de verão. Segundo o comitê, o objetivo é deslocar o pico de consumo de energia para um horário com maior geração solar, o que reduziria a utilização das usinas termelétricas no país.
A retomada do horário de verão foi uma das sugestões do plano de contingência apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e, para que seja implementado, será necessário revogar o decreto de 2019 do ex-presidente Bolsonaro, que derrubou essa prática anual.
As especulações sobre a volta dessa política estão diretamente associadas às limitações das energias renováveis. O uso de termelétricas é considerado prejudicial ao meio ambiente, no entanto, faz-se necessário em períodos em que a geração de energia solar é interrompida.
Mesmo assim, a volta do horário de verão ainda depende da aprovação do governo, que pode optar por não seguir a recomendação. Isso já ocorreu em 2021, durante a crise hídrica, quando o governo anterior não retomou a medida, apesar da situação.