Na quarta-feira, 9 de abril, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) promoveu na cidade de Lima, capital peruana, um evento sobre Parcerias Público- -Privadas (PPPs) que discutiu o futuro dessas iniciativas na oferta de infraestrutura social.
Segundo o levantamento realizado pelo ‘Radar PPP’ e divulgado pelo jornal Valor Econômico, no Brasil existem cerca de 5.755 projetos de PPPs que contribuem para a oferta de diversos serviços do Estado, como iluminação pública, educação e mobilidade.
Embora essas parcerias contribuam para atrair investimentos sem comprometer as receitas dos entes federados, ainda existem certas dificuldades na implementação desse modelo.
Segundo Frederico Turolla, sócio da consultoria Pezco, o ciclo político é um dos maiores gargalos para a concessão de novas PPPs. Ele explica que o tempo entre a decisão de fazer uma PPP e o retorno para a sociedade às vezes ultrapassa os quatro anos do mandato.
Outro obstáculo político para a ampliação das parcerias é a confusão entre PPPs e a privatização de serviços públicos. Segundo o BID, existe uma desconfiança dos beneficiários (a população) em relação ao setor privado.
Apesar dos desafios, as PPPs têm gerado resultados positivos na oferta de infraestrutura pública. De acordo com o ‘Radar PPP’, os municípios brasileiros são os principais entes beneficiados por esse tipo de investimento, com cerca de 3.898 cidades favorecidas por esse modelo.