Em 2024, o Brasil assume uma posição de destaque ao presidir o G20 e participar da COP29, marcando um ponto decisivo em sua atuação internacional. Estes eventos oferecem ao país a chance de moldar discussões globais sobre sustentabilidade, clima e justiça social, com benefícios que ressoam tanto fora quanto dentro de suas fronteiras. O G20, um dos fóruns econômicos mais influentes do mundo, reúne as 19 maiores economias e a União Europeia para promover cooperação econômica e desenvolvimento sustentável. Ao presidir o grupo, o Brasil trará à tona temas urgentes, como a erradicação da fome e da pobreza, a transição energética e a reforma da governança financeira global. Em 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 33 milhões de brasileiros viviam em insegurança alimentar grave. Diante disso, o país está empenhado em reforçar políticas que enfrentem a fome e as desigualdades, buscando soluções inclusivas para nações em desenvolvimento. A COP29, por sua vez, é a principal conferência climática organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e será realizada em Baku, Azerbaijão, em um contexto de crescente necessidade de ações climáticas ambiciosas. Como um dos países com maior biodiversidade e detentor de mais de 60% da Amazônia, o Brasil desempenha um papel crucial na preservação ambiental. Em 2021, aproximadamente 44% das emissões brasileiras de CO₂ derivaram de desmatamento e mudanças no uso da terra, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Na COP29, o Brasil buscará expandir parcerias e recursos para proteção de ecossistemas e mitigação dos impactos climáticos, reforçando suas intenções com as metas do Acordo de Paris. Esses compromissos também trazem benefícios econômicos ao país. Em 2022, o Brasil captou cerca de US$ 1,5 bilhão para projetos sustentáveis, montante que pode crescer com as discussões desse encontro. Tais investimentos impulsionam a infraestrutura de baixo carbono e fomentam uma economia verde, gerando empregos e acelerando a transição para um modelo sustentável. Ao atuar no cenário internacional, o Brasil solidifica sua posição de liderança, promovendo uma agenda que equilibra desenvolvimento sustentável e justiça social. Essa perspectiva de destaque não só amplia sua influência global, mas também atrai avanços concretos para o bem- -estar da população e para a preservação ambiental, afirmando o país como parceiro estratégico em temas fundamentais para o futuro do planeta.
Texto: Mariana Pimentel e Danielle Salomão – Centro de Apoio aos Municípios (CAM) – FRB