Nas últimas décadas, houve um aumento significativo do número de evangélicos no Brasil. Em 2010, o IBGE apontou que eles representavam cerca de 22% da população e as projeções indicam que, no Censo de 2022, esse número pode chegar a um terço da população, com a divulgação detalhada dos dados ainda pendente pelo IBGE.
Por representarem uma grande parcela da população, os temas que preocupam o eleitorado evangélico tornam-se importantes aos pré-candidatos às eleições municipais, em especial os candidatos à vereança.
Segundo a pesquisa feita pelo Datafolha em São Paulo, temas, como a ampliação do acesso a armas para defesa pessoal, homeschooling (ensino formal feito em casa) e a política sobre aborto, são bandeiras que impactam diretamente a opinião dessa parcela do eleitorado.
Entretanto, destaca-se que as questões locais têm um impacto maior na decisão do eleitor, em função das competências do vereador, que restringem sua atuação às legislações na esfera municipal. Portanto, compreender as bandeiras defendidas pelo público protestante pode colaborar para angariar o apoio desse segmento, mas não será um fator determinante na formulação das propostas de um vereador.