O Brasil que queremos

O Brasil que queremos

Paulo Cesar Oliveira 2072015Já citamos anteriormente a necessidade de plantar boas sementes para colher bons frutos. Nos debates promovidos no nosso curso de política itinerante, percebemos um questionamento intrínseco nas perguntas e colocações dos participantes: Quanto tempo é necessário para promover as mudanças que o nosso país precisa? Será que um dia chegaremos ao ideal de Brasil que tanto queremos?

Na agricultura, após o plantio, existe um tempo extremamente importante para que a colheita seja satisfatória. No campo político esta regra também se aplica, mas o ceticismo da sociedade impõe o desejo por resultados imediatos. Para que as mudanças necessárias aconteçam, temos que reconhecer que a sociedade precisa fazer sua parte, sem que toda responsabilidade recaia sobre os governantes. Precisamos acreditar que é possível chegar onde queremos, criando uma sinergia positiva, com atitudes proativas.

Evidentemente, este processo requer tempo. Não podemos fazer isso da noite para o dia. Precisamos também compreender que, provavelmente a nossa geração não alcançará o ideal pretendido para o nosso país. No entanto, temos a obrigação de iniciar o processo de construção, de consolidação da boa política, para deixar um legado, um exemplo para nossos filhos e netos, para as futuras gerações.

Um passo importante é entendermos que política não se resume apenas em comparecer compulsoriamente às urnas para votar. Pesquisas realizadas 20 dias após as eleições de 2010 apontam que parte dos eleitores esqueceram os candidatos nos quais votaram. O instituto de pesquisas Datafolha registra 30%. O Tribunal Superior Eleitoral indica que 23% deles não se lembram do voto para deputado estadual; 21,7% para deputado federal e 20,6% para senador.

O eleitor precisa analisar as opções de voto, definir suas escolhas, acompanhar o trabalho dos eleitos, verificar se as propostas de campanha foram cumpridas, decidir se os representantes merecem ou não uma futura reeleição. Em outras palavras, entender sua participação não como um dever pontual, e sim, como um direito constante do exercício de sua cidadania.

Um provérbio chinês diz que, uma jornada de duzentos quilômetros é iniciada com um simples passo. Ou seja, nunca chegaremos a um objetivo se não dermos o pontapé inicial. Outro passo importante é estarmos atentos aos acontecimentos do ambiente político, que possamos nos municiar de informações, que nortearão nossas opiniões e decisões, de forma consciente.

A Fundação Republicana Brasileira tem apresentado o curso de política como uma contribuição para este primeiro passo, como um dos alicerces na construção de uma cidadania participativa e na consolidação das instituições democráticas. Convidamos você a participar das atividades realizadas pela fundação. Venha interagir conosco, pois você é indispensável neste processo.

Paulo Cesar Oliveira – Presidente da Fundação Republicana Brasileira 

 

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